Foi concluído na noite desta quinta-feira, 24, no Fórum da comarca de Canoinhas, o julgamento de Miguel Arcanjo Fiel Braga, 26 anos.
Ele é acusado de ter assassinado Leila Ribeiro Domingues Maciel, de 23 anos, em novembro do ano ado no bairro Cristo Rei, em Canoinhas.
À época, ele fugiu em seguida usando um Fiat/Palio que pertenceria a Leila. Isso mesmo sendo cadeirante.
Em União da Vitória, ele bateu o carro e teve de ser hospitalizado. Preso, ele confessou o crime, mas disse que foi em legítima defesa. O julgamento começou às 9h20 horas e foi encerrado às 20 horas.
O conselho de sentença, formado 100% por mulheres, aceitou integralmente a acusação e decidiu por condenar o réu a 36 anos de prisão.
Logo em seguida ele foi encaminhado para o Presídio Regional de Canoinhas, onde já estava desde que foi preso no final do ano ado.
O juiz que presidiu o júri, Eduardo Veiga Vidal, concedeu entrevista ao JMais logo na sequência e, falando de modo geral, lamentou o alto índice de casos de violência contra a mulher na comarca. “Temos um número muito alto e triste sobre casos de abuso sexual infantil e de violência contra a mulher. Isso me preocupa e me incomoda. Deve haver uma mudança de postura da sociedade para com o público feminino”, disse.
O advogado de acusação, Charles de Brito, disse que “a família da vítima, hoje, tirou o peso da morte prematura. A sentença não trará Leila de volta, mas dá forças para continuar a vida, em especial aos cuidados do filho deixado pela mãe. Justiça feita, com coragem e segurança.”
O réu pode recorrer da sentença.