Itaipu investiga emissões de carbono em seu reservatório

Estudo atualiza dados sobre gases de efeito estufa e biodiversidade, com participação de 50 especialistas

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Atualizado há 2 meses

A Itaipu Binacional, em parceria com o Itaipu Parquetec e cinco universidades, realiza nesta semana uma coleta de materiais no reservatório da usina para analisar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e sua relação com a biodiversidade. O projeto envolve 37 pesquisadores e 13 bolsistas, utilizando tecnologia de ponta para atualizar estudos anteriores.

Segundo Simone Benassi, gerente do Departamento de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu, a pesquisa aprofunda um estudo realizado há cerca de 10 anos e reforça que, devido às suas características, o reservatório da usina tem baixas emissões de GEE. Além disso, as áreas protegidas adjacentes contribuem para um balanço positivo de carbono, capturando mais gases do que emitindo.

O objetivo da investigação é compreender a dinâmica dos GEE no reservatório, especialmente a interação com microrganismos. O estudo, coordenado pelo professor Gunther Brucha, da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), é pioneiro no Brasil e busca quantificar as emissões e entender o papel dos microrganismos na absorção do gás metano.

Com investimento de R$ 9 milhões e prazo de execução de três anos, o estudo faz parte de um convênio com as universidades Estadual de Maringá, Federal de Juiz de Fora, Federal de Alfenas, Federal de São Paulo e Federal do ABC. Os resultados poderão contribuir para que outras hidrelétricas realizem seus inventários de emissões, promovendo uma matriz energética mais sustentável.

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