Mais da metade dos brasileiros foi vítima de fraude em 2024, aponta estudo

O levantamento da Serasa Experian revela os principais golpes e os prejuízos enfrentados pelos brasileiros no último ano

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Atualizado há 2 meses

De acordo com o Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado nesta terça-feira (25) pela Serasa Experian, 51% dos brasileiros foram vítimas de alguma fraude no ano ado. Desses, 54,2% enfrentaram prejuízos financeiros. A pesquisa, que ouviu 877 pessoas entre 18 e 65 anos de todas as regiões do país, aponta os golpes mais comuns e o impacto financeiro gerado por essas fraudes.

O golpe mais frequente foi o uso indevido de cartões de crédito, com 47,9% dos entrevistados relatando esse tipo de fraude. Em seguida, aparecem os pagamentos de boletos falsos e transações fraudulentas via Pix (32,8%), além de ataques de phishing, como e-mails e mensagens fraudulentas que buscam roubar dados pessoais (21,6%).

Entre as vítimas de fraude com prejuízo financeiro, a maior parte teve perdas entre R$ 100 e R$ 1 mil. Confira a distribuição dos prejuízos enfrentados:

  • Até R$ 100: 17%

  • De R$ 100 a R$ 500: 35,5%

  • De R$ 500 a R$ 1 mil: 12,9%

  • De R$ 1 mil a R$ 5 mil: 19,5%

  • De R$ 5 mil a R$ 20 mil: 3,7%

  • Acima de R$ 20 mil: 3,7%

  • Não responderam: 7,9%

O estudo revelou também que a faixa etária tem grande influência na probabilidade de ser vítima de golpes. Entre os mais jovens, de 18 a 29 anos, 40,8% foram afetados. Já entre os adultos de 30 a 49 anos, esse índice sobe para 51,9%, e para os maiores de 50 anos, a porcentagem atinge 57,8%.

A tecnologia na prevenção e execução de fraudes

A pesquisa da Serasa Experian mostra como a tecnologia impacta tanto na segurança quanto na sofisticação dos golpes. O uso de biometria facial como método de autenticação aumentou de 59% para 67% entre 2023 e 2024, e 71,8% dos entrevistados se sentem mais protegidos ao utilizá-la. No entanto, a inteligência artificial (IA) também é uma ferramenta usada por criminosos, permitindo a criação de perfis falsos e ataques de phishing mais elaborados.

Uma das tecnologias mais preocupantes são as deepfakes, que usam IA para criar vídeos falsos com rostos e vozes manipuladas. Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção da Serasa Experian, destaca que é essencial que as empresas invistam em tecnologias de prevenção à fraude para garantir maior segurança e confiança nos serviços digitais.

Ações para combater fraudes bancárias

Recentemente, o Ministério da Justiça e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criaram a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais, uma iniciativa para prevenir e combater golpes online.

Perda e compartilhamento de dados pessoais

A pesquisa também revelou que 16,3% dos entrevistados tiveram documentos roubados ou extraviados em 2024, o que pode ser um dos primeiros os para a fraude. Além disso, 19% dos entrevistados itiram já ter compartilhado seus dados pessoais com terceiros, expondo-se a riscos ainda maiores. As principais razões para o compartilhamento de dados foram compras online (73,7%), abertura de contas bancárias (20,4%) e a obtenção de empréstimos (15,2%).

Apesar de ser o meio mais utilizado para fraudes, o cartão de crédito é considerado o método de pagamento mais seguro pelos brasileiros, superando o índice de 2023.

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