Deputadas celebram 93 anos do voto feminino e cobram mais participação política

Luciana Rafagnin e Ana Júlia alertam para desafios na representatividade das mulheres

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Atualizado há 3 meses

Os 93 anos do voto feminino no Brasil foram celebrados nesta segunda-feira (24) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). As deputadas Luciana Rafagnin (PT) e Ana Júlia (PT) destacaram a importância da data para a democracia, mas alertaram para a baixa representatividade feminina nos espaços de poder e os desafios que ainda persistem na política.

“Hoje celebramos uma conquista fundamental para a democracia. No entanto, quase um século depois, as mulheres ainda enfrentam barreiras para ocupar espaços de decisão”, afirmou Luciana Rafagnin.

A deputada ressaltou que, apesar de as mulheres representarem 51,8% da população e 52,5% do eleitorado, houve uma redução de 27 mil candidaturas femininas nas eleições municipais de 2024. No Congresso Nacional, elas ocupam apenas 18% das cadeiras, com 91 parlamentares entre os 594 eleitos.

As deputadas Luciana Rafagnin (esq.) e Ana Júlia | Foto: Divulgação/Assessoria Parlamentar
As deputadas Luciana Rafagnin (esq.) e Ana Júlia | Foto: Divulgação/Assessoria Parlamentar

Desafios para ampliar a participação feminina na política

Para as parlamentares, a sub-representação feminina impacta diretamente a formulação de políticas públicas essenciais, como:

Combate à violência doméstica
Licença-maternidade e apoio à maternidade
Igualdade salarial entre homens e mulheres

“O direito ao voto abriu portas, mas garantir a presença efetiva das mulheres nos espaços de decisão ainda é um grande desafio”, reforçou Luciana Rafagnin.

A deputada Ana Júlia também destacou a luta histórica das mulheres pela ampliação dos direitos políticos e sociais:

“A conquista do voto feminino foi resultado da resistência de muitas que vieram antes de nós. Hoje, seguimos na luta para ampliar direitos, ocupar espaços e construir uma sociedade mais justa e igualitária. A presença das mulheres na política não é um favor, é um direito”, afirmou.

Propostas para fortalecer a participação feminina

As deputadas defenderam políticas públicas e mecanismos de fiscalização para garantir que as mulheres tenham condições reais de disputar e exercer mandatos de forma segura e autônoma.

Entre as medidas propostas, destacam-se:

  • Criminalização da violência política de gênero
  • Ampliação da fiscalização do cumprimento das cotas de candidatura feminina
  • Apoio à formação e capacitação de mulheres na política

“Precisamos avançar para que a política brasileira reflita a diversidade da sociedade. O fortalecimento das mulheres na política não beneficia apenas as mulheres, mas toda a população”, concluiu Luciana Rafagnin.

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