Hussein Bakri destaca eleição da erva-mate paranaense como Patrimônio Agrícola Mundial

O cultivo da erva-mate sombreada nas florestas de araucárias do Paraná foi eleito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global. O título reconhece sistemas produtivos sustentáveis que valorizam o conhecimento tradicional e a agrobiodiversidade. A FAO é a agência da ONU que lidera esforços internacionais para erradicar a fome, melhorar a nutrição e garantir a segurança alimentar em todo o mundo.

“A erva-mate é tão importante para a história, a cultura e a economia do Paraná que está presente na bandeira do Estado. E esse título internacional certamente vai impulsionar ainda mais o comércio do produto no exterior. O nosso mandato vem trabalhando de mãos dadas com o setor de forma a permitir o desenvolvimento e o crescimento dessa cadeia produtiva, que envolve cerca de 100 mil pessoas no Vale do Iguaçu e tem enorme potencial para gerar ainda mais empregos e renda para a nossa região”, destacou o deputado estadual Hussein Bakri (PSD), Líder do Governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa.

O parlamentar, inclusive, é autor de diversas leis envolvendo a erva-mate como: a criação da rota turística Caminhos da Erva-Mate nos municípios do Sul do Paraná; a inclusão do dia 02 de fevereiro no calendário oficial de eventos do Estado como Dia do Produtor da Erva-Mate; e o reconhecimento de Cruz Machado como a Capital Estadual da Erva-Mate Sombreada.

O reconhecimento da erva-mate paranaense pela FAO é apenas o segundo título concedido pelo órgão ao Brasil, ao lado dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais. Em todo o mundo, 95 sistemas de 28 países são considerados Patrimônio Agrícola Mundial.

O Paraná é o maior produtor brasileiro de erva-mate. A produção no Estado envolve cerca de 30 mil famílias paranaenses e movimenta cerca de R$ 1,3 bilhão, de acordo com os dados de Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023. As estimativas apontam que cerca de 70% de toda a área de cultivo de erva-mate do Paraná é feita pela técnica sombreada.

O cultivo sombreado, diferentemente do cultivo a pleno sol, é feito debaixo de florestas nativas, principalmente de araucárias. Com uma incidência de luz diferenciada, a planta contém mais taurina e teobromina, que são componentes mais valorizados pelas indústrias de chás, de energéticos e de cosméticos, por exemplo.
Ao premiar o produto paranaense, a FAO reconheceu a história do modelo, que foi desenvolvido há séculos pelos povos indígenas e pelas comunidades tradicionais do Paraná e servem como exemplo de manejo florestal sustentável e de continuidade cultural.

O sistema funciona ainda como um pilar fundamental de renda para milhares de famílias do Sul e do Centro-Sul do Estado, onde há uma dificuldade de exploração da agricultura tradicional por conta da topografia da região.

Possui alguma sugestão?

Clique aqui para conversar com a equipe de O Comércio no WhatsApp e siga nosso perfil no Instagram para não perder nenhuma notícia!

Voltar para matérias