Fiscalização eletrônica é encerrada em União da Vitória

No sábado, 08, a fiscalização eletrônica foi desligada em União da Vitória. A decisão foi da istração municipal, que optou por não renovar o contrato com a empresa ETT Esteio Tecnologia em Trânsito, responsável pela locação e manutenção dos equipamentos. O acordo teve validade até às 23h59 da sexta-feira, 07.

Fiscalização eletrônica deixa de funcionar em União da Vitória

Foto: JOC

Os instrumentos, popularmente chamados de radares, foram instalados no município em maio de 2023, e começaram a operar no dia 26 daquele mês, ainda em fase de teste. O pleno funcionamento dos equipamentos entrou em vigor em 1º de julho. Contudo, em razão da cheia, foram desativados durante dois meses, a partir de outubro. O funcionamento ininterrupto da fiscalização vem desde 15 de dezembro de 2023.

Nos cerca de 18 meses de funcionamento, entre julho de 2023 e janeiro de 2025, a fiscalização custou aos cofres públicos R$ 2.160.802,63, segundo dados do portal da transparência, média de cerca de R$ 120 mil por mês. Além disso, segundo a prefeitura, a istração gastou no período cerca de R$ 434 mil para envio de notificação aos condutores pelos Correios por meio do Sistema de Gestão de Infrações de Trânsito (GIT), do governo estadual. “Esse sistema gera a correspondência e por isso tem o custo”, informa a prefeitura.

Foto: JOC

O desligamento dos radares foi tema da campanha do prefeito Ary Carneiro Junior, segundo ele, por pedido da comunidade. “Durante o pleito de 2024, eu e o Toco sempre defendemos, depois de estarmos ouvindo a sociedade, a extinção da utilização dos radares eletrônicos, porque eles estavam penalizando de uma forma sórdida os nossos munícipes e levando embora recursos do nosso município sem ter um retorno satisfatório. É claro que muitas vezes as pessoas questionam o porquê da retirada. A retirada é por causa disso e para que se preserve o nosso munícipe, para que ele não seja lesado”, comenta.

A ideia da istração, agora, é identificar pontos estratégicos para colocação de lombadas e faixas elevadas. “Nós não queremos simplesmente colocar mais lombadas. Nós vamos colocar faixas elevadas onde forem necessárias e vamos colocar lombadas onde forem necessárias. Mas radares desta forma, como estiveram aqui, de certa forma, assaltando os nossos cofres públicos, não mais acontecerão, pelo menos durante o período que nós estivermos na prefeitura, esse tipo de atitude”.

A reportagem de O Comércio solicitou à prefeitura o total do montante referente ao pagamento de multas geradas pela fiscalização eletrônica, mas fomos informados que a consolidação de tais dados ainda não está disponível. Um dos motivos é o fato de que, na maioria das vezes, o motorista penalizado opta por recorrer, sendo assim, a quantidade de multas aplicadas não refletia automaticamente no valor arrecadado.

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