Em 29 de janeiro de 1955, Ulysses Antônio Sebben e Iolanda Bueno Sebben professaram seu amor no altar da Catedral do Sagrado Coração de Jesus. A cerimônia, presidida pelo padre Francisco Xavier Hoegger, marcou o início de uma união que perdura há 70 anos.

Na época do matrimônio, Iolanda e Ulysses tinham 19 e 22 anos, respectivamente. O casal se conheceu durante uma apresentação de teatro na Catedral. Pouco tempo depois, o destino mais uma vez cruzou a história dos jovens. Ulysses resolveu comprar uma bicicleta em uma loja da cidade. Por acaso, Iolanda era a vendedora. Em meio a vários eios de bicicleta nasceu a paquera, que resultou na união do casal. “Essa bicicleta se encontra hoje no museu da família, que fica na chácara onde foi feita a celebração dos 70 anos de casamento”, conta Bruna Luiza Sebben, neta do casal.

A união de Ulysses e Iolanda gerou vários frutos. São sete filhos, 13 netos e nove bisnetos, que comemoram a solenidade das Bodas de Vinho realizada no sábado, 25, no Recanto São Francisco, chácara da família. A celebração religiosa foi presidida pelo Bispo da Diocese de União da Vitória, Dom Walter Jorge. “Ele disse que nunca celebrou Bodas de Vinho e estava muito feliz em fazer parte desse momento tão significativo”, relata Bruna. “São 70 anos de uma bela história de fé e amor e é uma honra fazer parte dela. É um momento muito emocionante e significativo para toda nossa família”, completa.

A neta recorda que, durante a celebração, uma das leituras falava sobre o valor da esposa. Neste momento, Ulysses afirmou que o casal só chegou às Bodas de Vinho por ele ter a seu lado “uma mulher virtuosa, que faz os seus dias se multiplicarem”.

Ainda durante a cerimônia, o filho mais velho do casal, Luís Antônio Sebben, proferiu as seguintes palavras: “assim como o vinho maturado e ado pelo processo de envelhecimento eleva o seu sabor e qualidade, certamente eles, que atingem hoje esta data, estão repletos de muitas qualidades. Entre elas o amor incondicional, entre eles e deles com Deus. Pois temos certeza de que somente com as bênçãos e as graças especiais de Deus, puderam chegar a um tempo tão grande juntos.”

Bruna comenta que o avô é diácono da Igreja Católica, e que, junto de Iolanda, reza o terço todos os dias. “A base dessa união é a fé, a esperança, o amor e a caridade. Eles transformaram – pela graça do sacramento matrimonial – o seu amor humano também em amor divino. Cada um transformou o outro em um Santuário do Cristo Vivo. A união é carregada de muito amor, ternura, generosidade, entrega, fidelidade, esperança e corresponsabilidade na santificação e na salvação um do outro. Diante de tanta fé e cuidado um para com o outro, seguem firmes nessa longa e bela jornada”.

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